terça-feira, 30 de outubro de 2007

No one knows where our secrets go.

Okay. cansei de ser quem eu sou.não é a primeira vez, mas agora chega. Finalmente entendo porque as vezes me sinto uma pessoa má, mesmo sabendo que sou a menina mais boazinha desse mundo;é porque sou PREJUDICIAL.
Minha falta de confiança disfarçada de arrongância, meus sentimentos em embulição disfarçados de frieza...tudo isso é prejudicial pra quem vive ao meu redor. eu assusto pessoas. causo um frisson, é fato...uma certa curiosidade. mas o fato de não deixar ninguém matar essa 'necessidade de mim' acaba com a parte sedutora da curiosidade, deixando-me previsivilmente desinteressante.
E sociologicamente falando....a rotulação, a auto-visão perturbada de mim mesma que acaba se fazendo verdade, ou até mesmo a maldita teoria funcionalista que me usa de exemplo do desprezível, me impedem de mudar.
E minha vida amorosa.. parece uma Malhação mais ainda (se possível) mal escrita: menina gosta do menino que também gosta da menina, mas existem forças maiores que impedem os dois de ficar juntos. E QUE %$#@& de novelinha mal escrita é essa minha vida,viu! que a única força maior que impede meu sucesso amoroso é a minha droga de incapacidade de relxar, deixar rolar, sentir o que quero e falar sobre o que sinto. só isso!
Por estas e outras que estar ao meu lado é prejudicial, e que não importa quão boazinha eu seja, eu vou é pro inferno. Porque tudo o que sempre faço é machucar os outros, fracassar em ajudar e ferrar quem estava de boa usando a justificativa de que "só fui sincera, só mostrei a verdade..."
Aff...mereço o pior! Porque mudar nào é difícil (ou é?), não custa muito, não significa mudar em mim as coisas que prezo. e essa simples mudança faria as pessoas ao meu redor mais felizes também...essa simples mudança.
Portanto, se 'ajudar pessoas' não é argumento suficiente pra me fazer mudar, então eu sou é uma PREGUIÇOSA!


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Óbvio que momentos como esse merecem trilhas sonoras especiais.
Óbvio que estou ouvindo Smashing Pumpkins.

"Fool enough to almost be it,
cool enough to not quite see it.
Doomed.
Pick your pockets full of sorrow,
and run away with me tomorrow.

We'll try and easy the pain,
but somehow we'll fell the same.
Well, no one knows
where our secrets go"
(Mayonnaise)

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Bem....voltando ao normal. não estou deprimida, sozinha, angustiada e nem mais pessimista ou amarga do que o normal. só meio puuuuuuta da vida. e na crise de meio de semestre - que é pior que o começo ou o fim de semestre.
Mas provando que sou uma pessoa alegre... hoje eu até chorei de felicidade!assistindo o último episódio do Californication. chorei quando a ( e sim, eu vou contar o final porque tô num humor terrível.) Karen desiste de se casar com o Bill E corre pro carro do Hank. e os dois, mais a filha (que me lembra minha irmã) rodam felizes, sorrindo , com o vento na cara, pela cidade de LA.

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E minha Prof. de Inglês...depois de duas semanas sem dar as caras, ela aparece. disse que está com problemas de saúde, e que está 'under medication'. todo mundo deu risada, mas acho que não foi piada não.
ela estava estranhíssima. com cara de louca e totalmente alheia. não conseguia terminar uma frase se quer. dormia entre uma palavra e outra.
Mas o climax da aula veiu quando, enquanto explicava os significados ocultos na escrita de Kurt Vonnegut, ela começou a arrumar a calcinha. começou a se coçar. e sem pudor algum, desabotuou as calças e arrumou a calçola gigante, cor azul de hospital.
A CENA MAIS BIZARRA QUE JÁ VI EM TODA MINHA VIDA. juro. foi tão assustador que ninguém nem riu, e nem comentou sobre.

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E amanhã tem condicionamento...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

HALLOWEEN EM CASA.

Sexta feira a noite. Nada pra fazer. Minha roommate, em momento entediado resolve limpar e arrumar o apartamento. dou apoio moral, do sofá, claro. Depois a gente resolve comprar um estante. tudo fechado. cabamos numa loja cheia de roupas de marca em liquidação.
voltamos pra casa. e termino a noite da maneira mais cool possível: Cookies+Diet Coke+Carrie, a Estranha. e Starbust (uma versão super azeda de Frutella) de sobremesa.

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Aqui, você não compra coca em bar ou lanchonete. não compra batata, salgadinho, bolachinha em bar ou lanchonete. compra tudo isso direto daquelas máquinas,sabe. Coisa prática. Só é preciso ter moedas em mãos. E tem dessas máquinas em todo lugar. Todos os prédios da faculdade, lavanderia, escritórios...você sempre acha uma próxima.
O problema é que elas sempre dão pau. já perdi milhões de moedas assim, principlamente quando quero comprar Skittles. O pacotinho sempre emperra e lá se vão 75 cents.
É chato quando acontece com a gente. dá um raiva inexplicável. mas é de um prazer sádico infinito quando acontece com os outros. faz meu dia! nada mais confortante que ver alguém lutando fisicamente com uma máquina. socando o vidro enquanto o pacotinho de batata fica lá, sacudindo inutilmente.

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E na minha aula de Sociologia....provavelmente a melhor discussão ever: pena de morte. E a pena de morte é legal em 38 estados americanos. então nem preciso dizer de que lado estava a maioria da classe, né?
Okay...mas embora interessantes, os comentários burros levantados durante a discussão foram meio dispensáveis e previsíveis. mesmo assim, vale ressaltar o comentário de um colega que fez questão de se mostrar um psicopata em potencial; mas vamos começar pela descrição do cidadão; Loirinho quase ruivo, cabelo tigelinha e bigodinho de Hitler. uns 25 anos mais ou menos. se veste no que eu chamo 'estilo republicano hippie'. roupas super convencionais, velhas, fora de moda, de cores realmente mortas (tipo morrom e cinza) que são jogadas no corpo de uma forma tão desleixada que fica até moderno e estiloso. mas moderno e estiloso num mau sentido. num sentido péssimo, aliás.
Bem...esse Hitler republicano meio hippie fez questão de levantar a mão pra expor sua opinião; e disse meio que gagueijando, porém antecipadamente esperando aclamação geral do público:
"O-olha, eu não li-ligo muito pra quem comete um cri-crime normal....ma-mas se alguém ma-mata uma criança.. ( e nessa hora ele se encheu de confiança, ficou vermelhou e começou quase que a gritar batendo o punho fechado na mesa) ...esse alguém tem que ser METRALHADO! MORTO! QUEIMADO! MUTILADO!"
Todo mundo provavelmente concordou com ele, mas ninguém conseguiu falou nada, a ênfase nas formas em que os criminosos deveriam ser mortos foi tanta, que chegou a assustar...enfim, depois uma menina disse que achava que criminoso deveriam morrer porque ela nào gostaria de viver na mesma sociedade que eles...aff

Sei lá. Mas na minha opinião essas discussões são sempre levadas prum lado errado. que não tem mutia discussão. quem é contra fica achando milhões de argumentos, fatos e estatísticas pra provar que a pena de morte não diminiu a criminalidade. e quem é a favor...não liga a mínima, não tem argumento nenhum, só acha que 'gente ruim' tem que morrer, e pronto.


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ah...a Diana, a lenda, contou uma coisa muito engraçada da Roxana ontem. a Roxy quase desistiu de vir pro states, porque o coach falou pra ela pegar o 'Shuttle' chegando em Atlanta. e ela estava insegura com muuuuito medo, que ela olhou no dicionário, e a tradução de shuttle (provavelmente em todas as línguas romanticas) é nave espacial. ehehehehehe.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

IN RAINBOW_S


Nesse fim de semana eu fui pra praia.fazia tempo que não via o mar. e foi gostoso. andar descalça na areia. por o pé na água.
sem contar com nosso tradicional tour DownTown. tirando foto de todas as casinhas pré-fabricadas com cadeira de balanço na frente.fazendo amizade com locais. visualizando nossa vida de aposentado em algum lugar no Alabama.

O plano é passar por todas as cidades sulistas que o Johnny cash fez música sobre. quem sabe....

Mas nessa viagem mesmo, a gente não fez nada. todo mundo muito cansado.nada saiu como planejado.DE NOVO! dormimos em sete, em um quarto de hotel e não conseguimos acordar cedo. tinha tudo pra ser uma perca de tempo e de (pouco, porém relevante) dinheiro. mas a gente é tão divertido que faz tudo valer a pena... é o poder da despretenciosidade.


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RADIOHEAD
A primeira banda que tocou minha alma foi OASIS, mas foi Radiohead quem me aprensentou para o mundo alternativo. o segundo cd deles, o clássico The Bends está com certeza, entre meu top-ten-albuns-que-você-não-pode-morrer-sem-ouvir.
Agora...fiquei com um pé meio atrás com a banda depois dele. tudo bem que O.K. Computer também é um clássico do rock depressivo e que Thom Yorke é um talentoso mutherfucker. mas nunca consegui entender - nem gostar muito- como uma banda com 3 guitarristas consegue gravar um cd sem guitarras e sem violão. Portanto, depois de The bends, Radiohead se tornou pra mim estranho e difícil.
foi então que, impulsionada pela febre do novo album, que você pode comprar pela internet pelo preço que escolher (So cool!!!), resolvi baixar In Rainbows.
E tá bom!Uma vez que você se propõe a apreciar a doidera do Yorke, você não para de babar nas batidas eletrônicas ( geralmente usadas pra fazerem pessoas dançarem em discotecas) que te levam a um estado depressivo próximo ao suicídio. É LINDO!
estando disposto, você pode mesmo(!) viajar horas e horas ao som de uma música chamada Weird Fishes, pensando no quanto vivemos num oceano, sonhando em escapar, mas somos sempre devorados por peixes esquisitios.
Mas uma 'weird song' com ess nome não me deixaria tão viciada em Radiohead como estou agora. o que fez minha cabeça nesse novo album são as ameaças de volta pro bom e velho radiohead, com tres guitarras, letras abstratas-entendíveis, e toques dignos de uma banda considerada (por mim, pelo menos) A MAIOR PRECURSORA DO ALTERNATIVO.

E uma música que exemplifica isso perfeitamente é House of cards.
Sobre relacionamentos amorosos, talvez. que quando a gente gosta de alguém, a complexidade da vida perde o sentido. tudo que a gente construiu desaba, e a gente nào liga.

"Fall off the table,
get swept under.
Denial, denial."

(umas das frases que tem sacudido minhas caminhadas matinais até a faculdade)





sábado, 13 de outubro de 2007

Esperando a água ferver....

São duas horas da manhà aqui em Columbus.Tive um dia agitado, não posso negar.
Meu Fall break saiu como planejado. cheio de tv, e algumas baladinhas pra me fazer sentir um pouco mais sociável.
mas sei lá. to aqui, esperando a água esquentar pra tomar café e dormir. não tem ninguém em casa.
me sinto só. mas me sinto bem. sempre planejei uma vida meio que solitária. com algumas intervenções de pessoas que realmente merecem espaço. mas sozinha no geral. tipo hoje. um bom passeio com amigos. filme com outros amigos depois. e um fim de noite introspectivo (ahahaha), ouvindo música, balanceando toda minha vida.

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acordei com o telefone.
'vamos pro alabama?'
'fazer o que?'
'sei lá.ver a cidade natal do Forrest Gump'
'me dá cinco minutos'
e lá fomos nós. dirigindo pro Alabama.ouvindo a trilha sonora de Marie Antoniette, jogando 21 e jogando conversa de estrada fora. Sem muito destino certo, na verdade.
Tudo deu errado, como em todas as viagens não planejadas. Greenville não é a cidade do Forrest Gump, não tem nada do Forrest Gump lá. Aliás, nào tem nada lá. nem carro, nem pessoas. igualzinho aqueles filmes de terror com cidades sem habitantes. mas foi legal. muito legal. a cidade tem uma rua, meia rua se for ver. e um restaurante só, que abre das 5 da tarde até as nove da noite de sexta e sábado. e uma pizzaria que só faz entrega, foi lá que comemos.
depois, inspirados pelo clima sulista...resolvemos comprar um cd do Johnny Cash. e viemos ouvindo e cantando música country todo o caminho de volta.
paramos num parque que tinha um lago. vista mais do que comum. lago normalíssimo, feio e fedido. mas proveitamos a vista, a caminhada e o contato com natureza. conversamos com os pescadores locais, vimos uma tartaruga morta e tiramos fotos em todos os decks possíveis.
hora de conhecer outra cidade.fomos pra Montgomery. rodamos por lá mais de hora hora sem ver um ser vivo se quer andando pela rua. 'já sei! vamos pra Auburn!'
Em Auburn tivemos uma boa dose de diversão. Eles tem uma puuuta duma faculdade gigante lá. e bem no dia de hoje estava tendo jogo de Futebol Americano. a cidade inteira de camiseta laranja gritando 'go tigers!'. alunos fazendo churrasco no meio da rua, vendo o jogo no telào. jantamos num restaurante boa pinta, mas com comida horrível.
voltamos pra casa, enfim. ouvindo música-alternativa-mainstream-perfeita-prum-final-de-roadtrip. foi divertido!Esse maldito Sul parece mais charmoso. planejamos outra viagenzinha semana que vem.


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Lá pelas 11:30 fui na casa dos teammates. terminei a noite vendo Transpointing.sem legendas, o que dificulta um pouco o entendimento completo do filme, visto que aquele sotaque escocês é inteligível. e com um novo foco desta vez. esquecendo todo o lance de drogas. pensando no ciclo de amizade. ou melhor, no ciclo de pessoas que passam a maior parte do tempo juntos, que sào intimos, se gostam e se ajudam, mas que não são amigos. pensando no fato de que todos os personagens do filme estavam unidos pela droga, diversão, tédio, ou seja lá o que for (!), mas não eram amigos.
e pensando no fato de que embora isso pareça triste, não é triste...é engraçado (?).

sei lá. essa interpretação do filme não é minha, óbvio. e nào entendo muito bem como que alguém pode se identificar com ela. mas como as vezes tenho dificuldade em diferenciar amizade de interesses-momentâneos-em-comum, ou o triste do engraçado... fica difícil de discordar.

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sei lá.

e já decidi que minha próxima tatuagem - que tem que ser algo em português - será 'sei lá'. que além de ser o que mais pronuncio em meu vocabulário tem um significado simbólico lindo; sei LÁ. não sei AQUI, mas SEI LÁ.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

MOMENTOS...

Depois de vários momentos nem-lembro-que-um-dia-me-prometi-escrever-nesse-blog-todos-os-dias estou tendo um momento nada-pra-fazer. então nada melhor que escrever aqui um pouco.

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Ando feliz com meus MOMENTOS MUSICAIS.e ando tendo vários deles. havia comentado com um dos leitores desse blog que há tempos não conhecia uma banda que tocasse minha alma. sabe, aquelas músicas que dão vontades estranhas, de voar, de gritar. músicas que te fazem abrir os braços e a boca pra absorver todo o som, sabe.
Então, desde que cheguei aqui, pra esse fall semester não havia encontrado nada do tipo. só estava ouvindo bandas que já conhecia de velha e sentindo uma necessidade absurda de novos sons.
Felizmente essa maré parece estar acabando. Tudo começou com o magnífico My Bloody valentine, e eu sinto não estar no Brasil, pra explicar pra família como uma banda que praticamente faz músicas sem letras pode ter tantas letras boas. Depois veio o novo disco do The New Pornographers, que assim como o primeiro, mantém uma esquisitisse melódica que deixa o estômago cheio de borboletas.
Mas as duas bandinhas do momento em meu Mp3 Sansa de 2 gigas são Depeche Mode e Supercordas.

Tá!Depeche Mode tá longe de ser descoberta. E se eu, uma fã de música Indie só vim a conhecer essa banda clássica agora, o azar é só meu. Mas acredito que esse 'atraso' tenha se dado por conta de que DM exige preparação. É fácil ouvir as músiquinhas famosinhas, mas é preciso maturidade pra apreciar a sonoridade brega-dançante-suicida deles. E o legal de ouvir clássicos assim é que você decifra fácil de onde as novas bandinhas boas tiram suas inspirações. Impossível não perceber a influência de Depeche mode em bandas como Killers, Franz Ferdinand, Bravery, Hot Hot Heat e outras bandinhas 'alegres' do tipo.


Quanto ao Supercordas....Lembra o um rock rural a là Wilco, com a versatilidade do Super Furry Animals
Rock/folk Psicodélico dos anos 60 cantado em português. e com letras sobre plantas, fotossíntese, duendes e toda a beleza da natureza! QUEM TERIA UMA IDÉIA GENIAL DE FAZER MÚSICA ASSIM????Alguém pode responder 'MUTANTES!' automaticamente. Mas eu discordo. E discordo mesmo. Que mutantes pode ser tudo, mas não é Rock, e não é folk, e não lembra em nada o psicodelismo do Beatles que eles tentavam imitar. E Mutantes é chato.
Portanto, fico com o som 'refrescante' (definição usada por algum jornal importante tipo Folha, ou Rolling Stones) do Supercordas, e com duendes verdes, com verdes vivas vozes ao meu redor.

E meu momento tá tão musical que até o novo do Foo fighters ouvi; uma das minhas teammates comprou o cd(sim, americanos ainda compram cd.provavelmente por não sabem baixar música na internet) , e me fez uma cópia, junto com Papa Roach -que talvez um dia, num momento surto total eu escute. E FOO FIGHTERS É FANTÁSTICO! DAVE GROWL É O CARA! Que talento! sério....FF é a banda mais completa que já ouvi em toda minha vida. É pesada!É alternativa!Cheia de experimentações sucetíveis!LETRAS BOAS!E é MAINSTREAM!Ah...e sào ótimos ao vivo.

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Hoje tem MOMENTO FESTA. aqui em casa. mas só pro time de Tênis, que não gostamos de vomitos no carpete e nem de desconhecidos dormindo no sofá.

ALCOHOL AND DORITOS, BABY!